OSNI
Tradicionalmente, serranos vão à Corrida Internacional de São Silvestre, em São Paulo. E isso vem acontecendo há décadas. Há corredores que vão apenas uma vez e outros que já são veteranos, mas a representatividade é sempre regular. Nessa 87ª edição que teve o trajeto alterado, dos oito serranos três estrearam e todos completaram os 15 quilômetros.
Os serranos voltaram da capital paulista impressionados com a multidão e com a sensação de dever cumprido. Eles dividiram espaços com atletas, exóticos, rápidos, festeiros, afobados, atrapalhados e alguns mais e menos preparados e variados tipos físico. Eram mais de 25 mil corredores profissionais e amadores que decidiram encarar o percurso e boa parte dele feito abaixo de chuva.
O estreante, o motorista de transporte escolar Osni Pereira Branco Júnior de 30 anos tinha duas metas: fazer o trajeto em menos de uma hora: chegou perto e fez em 1h03min e ficar entre os mil primeiros colocados. “Acredito que fiquei”, comenta. O resultado oficial será divulgado hoje (3) pela organização da prova. Nesse ano, o morador do bairro Santa Helena planeja correr a primeiramaratona (42 quilômetros e 195 metros) de sua vida. E a São Silvestre segue no planejamento. “É uma experiência única e quero repetir”, garante.
Além de Osni, o engenheiro de produção Mario Augusto Sagaz (30) e o técnico em segurança do trabalho, de Otacílio Costa, Antônio Donizete Machado de 42 anos, o Tunico, marcaram estreia na mais importante corrida do atletismo brasileiro.
Filho do advogado Paulo Sagaz, Mario foi envolvido pelo entusiamo do pai que entrou na 10ª participação consecutiva na São Silvestre. Ele e o primo bombeiro, Antonio Manoel Melo, já na sétima edição, fizeram a prova lado a lado com Paulo Sagaz. Ao final completaram o roteiro em 1 hora e 40 minutos e segundo o advogado pelo menos 12 mil atletas ficaram para trás.
Sobre a mudança do trajeto Sagaz disse que ouviu muita reclamação e que a maioria lidou bem com o volume de água que caiu sobre os atletas durante a prova. “A chegada que não foi boa para ninguém, pois foi no Parque Ibirapuera com grama molhada e muito atoleiro. Era tanta lama que enterrava o pé até a canela. Imagine todos acostumados chegar no asfalto. Foi um caos”, explica.
A principal alteração da prova de 15 quilômetros foi o local de chegada, que deixou de ocorrer na Avenida Paulista e passou para o Parque do Ibirapuera, em frente ao Obelisco, um local simbólico para a história da prova. Lá estão depositados os restos mortais do jornalista paulista Cásper Líbero, o idealizador da São Silvestre. Os atletas tiveram que percorrer mais três quilômetros, descendo a mesma avenida até a linha de chegada.
Apesar das adversidades Paulo Sagaz se programa para outro grande desafio, a Volta Internacional da Pampulha em Minas Gerais que compreende 18 mil metros e ocorre em dezembro. “A novidade será a companhia do meu filho, o Mário na corrida”, conta.
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